O Códigos Negros, iniciativa do Olabi, nasce do desejo de explorar como as tecnologias, as artes e o pensamento crítico podem contribuir para imaginar e praticar novas, e antigas, experiências de existir a partir de perspectivas negras e periféricas.
A cada edição, a gente reúne artistas, curadores, pesquisadores, provocadores e articuladores culturais pra refletir e criar sobre temas contemporâneos.
Em 2025, celebramos a obra de Frantz Fanon, intelectual martinicano que nos convida a olhar para os corpos e subjetividades negras e sua relação com o colonialismo. A partir dele, propomos reinventar os imaginários sobre libertação.
Aqui, criação é resistência. E também é festa.
Em 2025 o Olabi e a Festa Literária das Periferias – Flup realizam a sexta edição do Códigos Negros propondo a intervenção artística digital “Revolucionar imaginários de libertação a partir de Frantz Fanon” como parte da exposição “Fanon, revolucionário anticolonial: um programa de desordem absoluta” sobre a vida e obra do psiquiatra e pensador martinicano, Frantz Fanon, que é um dos homenageados da 15ª edição da Flup no ano do seu centenário.
O tema desta edição foi inspirado na obra “Os Condenados da Terra” onde Fanon nos convida a pensar sobre a colonização e seus efeitos psicológicos, sociais e culturais a partir da perspectiva de um corpo negro. O autor também nos convoca a romper com esse sistema, recuperar nossa subjetividade e reivindicar nossa liberdade.
A partir dessa proposta, convidamos quatro artistas brasileiros a criarem obras inéditas usando inteligência artificial e outras tecnologias, incorporando tanto suas vivências pessoais quanto os atravessamentos e provocações despertados pela obra de Fanon.
Inspirados pela pergunta “em um mundo marcado pelas lógicas coloniais, como a arte e a tecnologia podem servir a processos de libertação, cura e reexistência?” Guilherme Bretas (SP), Ilka Cyana (BA), Poliana Feulo (SP) e Walter Mauro (BA) apresentam criações que dialogam com as reflexões fanonianas sobre violência como força reorganizadora, desumanização, alienação, reconstrução da subjetividade, resgate cultural e libertação como processo contínuo.
Queremos expandir e transformar nossos imaginários para retomar nossas subjetividades. A luta à qual Fanon nos convoca exige romper com narrativas opressoras, mas, sobretudo, disputar e recriar os imaginários que moldam nossas experiências individuais e coletivas. É por isso que transformamos pensamentos em imagens, palavras em códigos e arte em liberdade, para seguirmos imaginando e construindo cotidianos antirracistas.
Material licenciado sob a licença Creative Commons CC-BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir deste material, desde que seja atribuído o devido crédito pela criação original.
Curadoria
Sil Bahia
Yasmin Menezes
Artistas
Guilherme Bretas
Ilka Cyana
Poliana Feulo
Walter Mauro
Produção
Yasmin Menezes
Pesquisadores Provocadores
Jonathan Nunes
Osvaldo Eugênio
Pesquisadores especialistas em Frantz Fanon
Handerson Joseph
Sílvia Capanema
Designer
Isadora Duarte
Vídeo
Grassine
Lucas Baptista
Equipe Olabi:
Gabriela Agustini
Silvana Bahia
Clara Queiroz
Daniele Valente
Davi Santos
Déborah Ferreira
Gyssele Mendes
João Bernardo Oliveira
Joyce Santos
Roberta Hélcias
Vera Félix